terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Coringa

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O Coringa ou Joker (em inglês: Joker, literalmente "piadista") é um dos maiores vilões dos quadrinhos da editora norte-americana DC Comics, arqui-inimigo de Batman. Foi criado por Bill Finger e Bob Kane a partir de uma sugestão de Jerry Robinson, aparecendo pela primeira vez na revista Batman #1 (1940). Ele é um psicótico com uma aparência similar a um palhaço ou a de um curinga das cartas de baralho, de cabelos verdes, pele branca e boca vermelha sempre sorridente, que constantemente desafia o Homem-Morcego lhe provocando grandes traumas como deixar paralítica a Batgirl Barbara Gordon e matar o Robin Jason Todd, além da esposa do Comissário Gordon.
É um dos personagens mais famosos dos quadrinhos. São raros os vilões que conseguem popularidade como ele, sendo considerado por muitos como o mais célebre vilão das histórias em quadrinhos.

História e origem

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O Coringa fora criado a partir de uma foto de Conrad Veidt no filme "The Man Who Laughs" (1928) trazida pelo roteirista Bill Finger, e uma carta de baralho trazida pelo desenhista Jerry Robinson.

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(Conrad Veidt no filme "The Man Who Laughs")

Apesar de haver diversos relatos e histórias, a real origem do Coringa - assim como seu verdadeiro nome - ainda é um mistério. Apesar de em "Batman: A Piada Mortal" (1988) ele contar seu passado (a versão mais conhecida e aceita), na própria revista há um momento em que há confusão. Próximo do fim, na discussão sobre origens, o Coringa diz que ele próprio se confunde com o que ocorreu. "Não sei ao certo o que aconteceu. Às vezes me lembro de algumas coisas, às vezes não me lembro de nada... Se é para ter um passado, prefiro que seja um passado com múltiplas escolhas!"
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(Capa da HQ "Batman: A Piada Mortal" (1988))

Uma das versões fala de Joseph Kerr, uma criança problemática: vivia psicologicamente no seu mundo isolado após a separação de seus progenitores. Seu pai, em um momento de raiva, ao ver Joseph chorar, perguntou porque ele estava tão serio, e logo depois cortou a boca de seu próprio filho, deixando-o com uma cicatriz no lado esquerdo do rosto. As crianças com quem estudava o consideravam estranho, mas ele dizia que não era assim mas todos os demais o eram. Em resposta, sua colega disse que se todos eram estranho e ele era único normal, ele continuaria sendo considerado estranho. No mesmo dia, ele arrumou briga com um colega de escola e fez o garoto ir para o hospital e levar 12 pontos na cabeça. Após ter sido expulso de 3 escolas, desistiu dos estudos. Foi levado ao psiquiatra, mas nunca mudou sua personalidade estranha. Seu pai o considerava louco e desconsiderava ele como filho. Um dia, já atingida sua adolescência, ele fugiu de casa e incendiou a casa com seus pais dentro. Enquanto olhava a casa queimar cortou a outra parte de sua boca formando um sorriso completo em seu rosto. Não se sabe o que fez em seguida: acredita-se que virou ladrão de joalherias e assumiu o nome de Jack Napier até se transformar no Coringa.
Outra versão diz que era um ex-engenheiro químico com uma família para sustentar, e que após ser demitido descobriu que sua mulher tinha câncer. Ele então buscou dinheiro para um tratamento, trabalhando como piadista, mas ninguém achava graça nele. Então se juntou com um grupo de ladrões e foi roubar uma fábrica química. Assumiu nesse dia o disfarce de um criminoso conhecido como Capuz Vermelho. Tentava assaltar uma fábrica e quando Batman e Robin invadiram o lugar, o Capuz Vermelho cai acidentalmente num tonel de produtos químicos. Foi dado como morto mas 10 anos depois ressurge completamente louco, com pele branca e cabelos verdes.
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(Capa da HQ Detective Comics aonde seria a primeira aparição do Coringa  (Capuz Vermelho))

Há ainda uma terceira versão, amplamente aceita, em que o Coringa tem seus problemas de infância (como contado na primeira versão), e ao crescer, decide roubar uma fábrica da companhia de cartas, para se vingar de sua demissão do cargo de engenheiro químico, e, ao tentar fugir, se joga em um duto que levava lixo tóxico proveniente do material de tintura das cartas. O resultado é o desconhecimento de seu paradeiro ao mesmo tempo que surge a nova figura: Cabelos verdes, lábios vermelhos e pele branca tornam-se a nova marca registrada do personagem.
Após roubar e matar diversas pessoas, ele encontrou se nêmesis, seu equivalente contrário: o Batman. Daí em diante, o Coringa dedica sua vida a desafiar o herói e a combatê-lo, causando pânico e terror para atingi-lo.
Em sua primeira aparição nos quadrinhos, em 1940, o Coringa era um ladrão de joalherias, que matava as pessoas presentes no local do assalto. Nos anos 1940 e 50 o Coringa sempre aparentava morrer mas nunca recuperavam seu corpo. O personagem se alterou para uma versão mais amena em 1960 devido ao Comics Code Authority, que vigiava o conteúdo das histórias em quadrinhos. Voltou a uma versão próxima a original em 1973, quando Dennis O'Neil e Neal Adams criaram um Coringa maníaco homicida obcecado com Batman.
Em 1953, a Editora Brasil-América Ltda., a EBAL, do Rio de Janeiro, que lançou as histórias em quadrinhos do Batman no Brasil decidiu que a palavra Curinga, o sinônimo correto para o Joker (em inglês), era muito feia e trocou-a por Coringa.
O alter ego do Coringa é Joseph "Joe" Kerr, ou no filme de 1989, Jack Napier.

Habilidades

 

 

O Coringa tem um grande humor doentio e usa armas mortais inspiradas em comédias. Estas incluem uma luva com dispositivo elétrico (que dá um choque letal), tortas de cianureto e uma flor que espirra ácido. Sua marca registrada e, ao mesmo tempo, arma mais perigosa, é o gás do riso, mais conhecido como "Veneno do Coringa", que força a vítima a rir tão histérica e descontroladamente que acaba por provocar-lhe um colapso fatal. Após a morte, a substância enrijece seus músculos faciais e a deixa com um hórrido sorriso enlouquecido, idêntico ao do próprio Coringa. E ainda esbranquiça a sua pele, de modo a torná-la praticamente uma cópia do vilão. Por vezes, o Coringa usa doses de soluções mais fracas do veneno, a fim de apenas deixar a vítima rindo por algum tempo, visando incapacitá-la de lutar contra ele ou de perseguí-lo, mas sem matá-la. Ele, obviamente, é imune ao gás.
Por mais de uma vez o Coringa demonstrou a força e resistência anormal dos loucos, embora, ao contrário do arquiinimigo Batman, não seja um perito em técnicas de luta. Neste estado de insanidade, é um combatente hábil, capaz de segurar uma briga contra o Homem-Morcego, e algumas vezes subjugá-lo. O curioso é que, apesar de louco, o Coringa é um homem inteligentíssimo, armando esquemas elaborados e possuindo conhecimentos profundos de química, genética e engenharia.
Pode-se dizer ainda, que o Coringa, graças a seu oportunismo e avançada inteligência, tem, em uma série de situações, a capacidade de levar os outros à total e decadente loucura. Nota-se tal ardil no filme Batman - O Cavaleiro das Trevas, quando o Coringa entorpece o bom senso de Harvey Dent, subjugando-o às loucuras niilistas de seu subconsciente, quando por fim o promotor acaba por se tornar o Duas-Caras.
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(Trecho do filme Batman - O Cavaleiro das Trevas)

A respeito ainda, em A Piada Mortal, do roteirista Alan Moore, o célebre palhaço tenta enlouquecer o comissário Gordon. Essa aventura trouxe a versão da morte da esposa Jeannie, que estava grávida de seis meses, vitimada por um choque elétrico, em um acidente com um eletrodoméstico.
Como exemplo mais avassalador da habilidade para enlouquecer suas vítimas, vale citar que em um encontro entre o Super Homem e o Batman o Coringa envenena Lois Lane com uma poção, dando 24 horas para que se fosse encontrada a cura. Juntos Super-Homem e o Homem-Morcego vão inutilmente à busca do antídoto. No fim dessa empreitada, o Homem de Aço decide levar suas ações às últimas consequências e ameaça matar o Coringa, caso o famigerado insano não lhe desse a cura.
No último instante, Superman, preparado para esmagar o pescoço do Coringa, é impedido pelas palavras de Batman, que encontra-se praticamente desmaiado no chão, devido ao golpe que sofrera tentando impedir a tentativa de assassinato. Super-Homem, tocado com as palavras de Batman, ajoelha-se chorando, aceita a derrota e desiste de destruir o vilão.
O Coringa gargalha incessantemente… explicando por fim que na verdade após 24 horas Lois Lane acordaria completamente saudável. Batman finalmente levanta-se e ajuda o amigo herói a recompor-se.
   

A grande piada do Coringa é que, após ser morto pelo Super-Homem, e esse descobrir que havia exterminado um louco que não havia matado ninguém, o herói, amargurado pela culpa, nunca mais conseguiria continuar a lutar pela justiça, ou ao menos nunca mais seria o mesmo. A intenção do Coringa era levar o herói de Metrópolis à loucura por ter matado um inocente, e por tal infame piada o Coringa estava disposto até mesmo a morrer. O Batman, graças à própria astúcia, entende no último instante tal plano demente. Super-Homem vai embora com admiração pela capacidade de seu melhor amigo em conviver dia a dia com tal nível de demência.

Sempre com sarcasmos à flor da pele, as situações construídas levam as vítimas passarem a acreditar que elas próprias tem um percentual de culpa por alguma catástrofe provocada, claro, pelo Coringa.
O Coringa também conseguiu sobreviver a inúmeras situações mortais, tendo sido atirado de precipícios, electrocutado, pego em explosões e baleado diversas vezes e sempre voltado.
A lista de atribuições de Coringa é considerada "invejável". Se trata de um sádico, psicótico, maníaco e homicida, embora portador de grande inteligência.
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Não se sabe exatamente de qual tipo, mas Coringa tem um certo conhecimento de artes marciais, embora rudimentares, não sendo possível compará-lo ao Batman nesse quesito. Ele tem uma estrutura corporal superior, sendo mais flexível, resistente e forte. O que faz o Coringa ser um tanto invejado por Batman, é algo que nenhum outro vilão seu faz, que é sorrir diante de um fracasso ou de uma derrota; e isto é algo que Batman nunca consegue compreender realmente, causando também uma certa obsessão pelo vilão.

A mente de Coringa é algo tão complexo quanto se pode imaginar. Ele nunca é capturado definitivamente, e sua personalidade e suas maneiras de proceder, que são únicos, diante de uma situação são que fazem dele um vilão que tem mais fãs do que muitos super-heróis.
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Várias Origens

Embora muitas histórias tenham sido relacionadas, um direito por trás da história nunca foi estabelecido para o Coringa nos quadrinhos, e seu verdadeiro nome nunca foi confirmado. Ele próprio está confuso quanto ao que realmente aconteceu, como ele diz em A Piada Mortal "Às vezes eu lembro que uma maneira, ora outro ... se eu vou ter um passado, prefiro que seja de múltipla escolha Ha! ha ha!." Em Arkham Asylum: Uma Casa Séria na Terra Séria, escrito por Grant Morrison, é dito que o Coringa não pode ser louco, mas tem algum tipo de "super-sanidade", no qual ele recria-se a cada dia para lidar com a fluxo caótico da vida urbana moderna.
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Um conto de origem em primeiro lugar, Detective Comics # 168 (fevereiro de 1951), revelou que o Coringa tinha sido um criminoso conhecido como Capuz Vermelho. Na história, ele é um engenheiro químico que ficou vigiando para roubar a empresa que o empregou, e adotou a personalidade do Capuz Vermelho. Depois de cometer o roubo, o que frustra o Batman, ele cai em um tonel de resíduos químicos. Ele surge com a pele branca, lábios vermelhos, cabelos verdes e um sorriso persistente.
O passado mais citado, que é feito por um funcionário da DC Comics, na publicação Quem é Quem no Universo DC tem o relato mais amplamente apoiado; com destaque em A Piada Mortal.
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 Descreve-o como sendo originalmente um engenheiro em uma fábrica de produtos químicos que larga o emprego para se tornar um comediante de stand-up, apenas para falhar miseravelmente. Desesperado para sustentar sua esposa grávida Jeannie, ele concorda em ajudar dois criminosos invadindo a fábrica onde ele foi anteriormente empregado para chegar até a empresa de cartão na porta ao lado. Nesta versão da história, a personagem Capuz Vermelho é descrito como o homem dentro do trabalho (portanto, o Coringa nunca é o mesmo homem duas vezes), o que torna o que se tornaria o Coringa o homem que pareceu ser o líder, permitindo que os dois criminosos possam escapar. Durante o planejamento, a polícia contatá-o e informá-o que sua mulher e o feto morreram em um acidente doméstico.
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Atingido pela tristeza, ele tenta desistir do plano, mas os criminosos o obrigar a manter sua promessa. Assim que eles entram na planta. No entanto, são imediatamente capturados pelos seguranças e um tiroteio se segue, em que os dois criminosos são mortos. Como o engenheiro tenta escapar, ele é confrontado por Batman, que está investigando o distúrbio. Aterrorizado, o engenheiro salta sobre um trilho e cai num reservatório com produtos químicos. Batman, que o perseguia, ciente dos riscos que tal atitude representaria, não foi atrás. Assim, nadando, o engenheiro conseguiu fugir. Porém, quando chegou à margem, sua pele coçava e tinha um ardor intenso, indicando alguma interação química com os resíduos jogados no rio. Preocupado com o que aquilo poderia ser, verificou seu reflexo em uma poça d'água, onde constatou que realmente não havia escapado ileso, pois sua pele se tornara branca, seus cabelos verdes e os músculos de seu rosto haviam se contraído severamente, deixando-o com um indelével sorriso, de aparência histérica. O choque dessa metamorfose inesperada, aliado aos problemas que já vivia, foi maior do que a sua mente já terrivelmente atormentada poderia suportar, resultando no nascimento do Coringa. Esta origem é suportada em Batman: O Homem que Ri quando Batman realiza análises químicas do Capuz Vermelho, que ele recuperou da fábrica de produtos químicos durante a sua primeira investigação do Coringa.

 A identidade do Coringa Capuz Vermelho é confirmada em Batman # 450, quando Coringa encontra um traje de capa velho que Capuz Vermelho manteve e coloca-o para ajudar na sua recuperação após os eventos de Uma Morte em Família.
A história "Pushback" (Batman: Gotham Knights # 50-55) suporta parte desta versão da história de origem do Coringa. Nele, uma testemunha (que por coincidência acaba por ser Edward Nigma) relata que a mulher do Coringa foi sequestrada e assassinada por um policial corrupto que trabalhava para os criminosos, a fim de forçar o engenheiro a realizar o crime. O Coringa tenta localizar o policial corrupto que cometeu o assassinato, mas depois que seus capangas são assassinados por Prometeu, apenas para depois ser duramente espancado por Silêncio, e em seguida, expulso de Gotham antes de isso acontecer. "Payback", também mostra imagens do Coringa pré-desfigurado - identificado como "Jack" - com sua esposa, dando mais suporte a esta versão.

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O Paul Dini-Alex Ross da história "Case Study", propõe uma teoria muito diferente. Esta história sugere que o Coringa era um gangster sádico que trabalhou de sua maneira acima da cadeia alimentar do crime de Gotham até que ele virou o líder de uma máfia poderosa. Ainda buscando as emoções que o trabalho sujo permitia, ele criou a identidade do Capuz Vermelho para si mesmo para que ele pudesse cometer pequenos crimes em tempo. Eventualmente, ele teve seu fatídico encontro com o primeiro Batman, resultando em sua desfiguração. No entanto, a história sugere que o Coringa ficou são, e pesquisou os seus crimes para se parecer com o trabalho de uma mente doente, a fim de prosseguir a sua vingança contra Batman, capaz de evitar o encarceramento permanente através de defesa de insanidade. Infelizmente, o relatório escrito encontrado explicando esta teoria é descoberto ter sido escrito pela Dr. Harleen Quinzel, também conhecida como Harley Quinn, ajudante insana do Coringa / amante, o que invalida qualquer credibilidade que poderia ter em tribunal.
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O segundo arco de Batman Confidential (# 7-12) re-imagina o Coringa como um criminoso talentoso que abandona a identidade do Capuz Vermelho, também chamado Jack, que é quase suicida devido ao tédio com o seu "trabalho". Ele fala com uma garçonete, Harleen Quinzel, que convence-o a encontrar algo para viver. Jack torna-se obcecado com o Batman depois que ele termina um de seus empregos, levando Jack a atrair a atenção do Batman em um baile. Jack fere Lorna Shore (quem Bruce Wayne está namorando), levando Batman a desfigurar o seu rosto com um batarang. Jack escapa e Batman dá informações de Jack aos mafiosos, que torturam Jack com uma planta química. Jack mata vários de seus agressores depois de fugir, mas cai em um tonel vazio como punções de tiros selvagens dos tanques químicos acima dele, e a inundação resultante de produtos químicos antidepressivos altera sua aparência para a de um palhaço, completando sua transformação em um Coringa.

A relação com o Cavaleiro das Trevas


 (http://paullus23.deviantart.com/art/Batman-vs-Joker-2-197649078)

O Palhaço do Crime é o arqui-inimigo do Cavaleiro das Trevas, o que já é muito se pensarmos que Batman tem a melhor galeria de vilões dos quadrinhos, que conta com a Mulher-Gato (Selina Kyle), Pinguim, Charada, Duas Caras e outros.
 
 (http://ryanbarger.deviantart.com/art/Batman-and-Foes-99868109)

 A relação de ódio entre ambos é, por sinal, única entre todos os inimigos do Homem-Morcego, pois enquanto os outros apenas o odeiam querendo matá-lo, ou evitá-lo, o Coringa parece não querer exatamente o mesmo. Por várias vezes, teve a chance real de matar ao Homem-Morcego, mas nunca foi adiante, sem, no entanto, ser tão clemente com as pessoas que o rodeiam, como Jason Todd, Bárbara Gordon ou Sarah Essen Gordon.
Na verdade, a crueldade e insanidade de seus ataques, parece buscar, isso sim, enlouquecer ao Batman, como no clássico A Piada Mortal. Muitos veem nisso, que o objetivo do Coringa não é matá-lo, mas sim derrotar ao único homem que crê rivalizar com ele em genialidade, convertendo-o ao mundo dos loucos, derrotar o Batman, não tornando-o um mártir, mas sim, mostrando que tinha razão em ser louco, anárquico, niilista, caótico, sem esperanças.

Graphic novels

The Killing Joke

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Uma possível origem do Palhaço do Crime foi contada na graphic novel intitulada Batman: The Killing Joke (br: Batman: A Piada Mortal), de 1988. Escrita por Alan Moore e desenhada por Brian Bolland, é considerada uma das melhores histórias de super-heróis já escritas. Nela acompanhamos a origem do personagem sendo contada através de flashbacks. Após fugir do Asilo Arkham, o Coringa decide provar ao Batman que basta apenas um momento de intensa pressão psicológica para que um indivíduo escolha a loucura como meio de subjugar uma realidade de intenso sofrimento. Para isso o Coringa e seus comparsas invadem a casa do Comissário James Gordon, para sequestrá-lo. Além disso, o Coringa dá um tiro na barriga da filha do Comissário, Barbara Gordon, a Batgirl, deixando-a incapacitada, em seguida ele a violenta sexualmente (sugerido pelos autores) registrando tudo em fotos.
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 Posteriormente o Coringa leva o Comissário a um parque de diversões macabro e o coloca numa montanha-russa que circula em meio a projeções de fotos de sua filha sendo violentada. Com isso ele tenta provar sua tese, deixando Gordon louco. Após intervenção do Batman, salvando Gordon e prendendo o Coringa, a tese deste não é provada conclusivamente, pois vê-se que Gordon não enlouqueceu, apesar de toda a tortura psicológica a que fora submetido. Isso levanta a questão: Por que será que alguns escolhem a loucura como refúgio de uma realidade massacrante (como o Coringa e o próprio Batman), e outros não? O final da inquietante Graphic Novel, se dá com uma piada contada por Coringa ao Batman.
"Tinham dois caras no hospício... Uma noite eles decidiram que não queriam mais viver lá... e resolveram escapar pra nunca mais voltar. Aí eles foram até a cobertura do lugar e viram, ao lado, o telhado de um outro prédio apontando pra lua... apontando para a liberdade! Então um dos sujeitos saltou sem problemas pro outro telhado, mas o amigo dele se acovardou... É, ele tinha medo de cair. Aí, o primeiro cara teve uma ideia. Ele disse:
-Ei! Eu estou com minha lanterna aqui. Vou acendê-la pelos vãos dos prédios e você atravessa sobre o facho de luz!
Mas o outro sacudiu a cabeça e disse:
- O que você acha que eu sou? Louco??? E se você apagar a luz quando eu estiver no meio do caminho?!"
Nisto, o Coringa começa a rir. De repente, o Batman esboça um sorriso e depois solta uma gargalhada junto com seu maior inimigo. Afinal, quem é o certo nesta história: "O Coringa que quer provar a loucura comum a todos" ou "O Batman que tenta mostrar o "LADO CORRETO" da justiça"?
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The Dark Knight Returns

Frank Miller em sua primeira graphic novel sobre o Batman, The Dark Knight Returns (br: O Cavaleiro das Trevas / pt: O Retorno do Cavaleiro das Trevas), de 1986, deixa a loucura meio de lado e mostra um Coringa extremamente violento e frio, como um assassino em massa assustador, mas sem o viés cômico. Esta versão do Coringa possui fortes conotações homossexuais, colocando até em primeiro plano essa tendência nas relações dele com o Batman (que não manifesta iguais tendências). Uma bizarra relação de amor/ódio num momento de violência gratuita tão extrema do Coringa, que leva Batman a adotar medidas extremas para detê-lo.
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Fonte: Wikipedia



Um comentário:

  1. Parabéns pelo post, tudo bem detalhado e desvendando desde o início...

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